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São Francisco Regis Clet 09 de Julho de 2020 Religiosidade Um missionário vicentino em saída
"Precisamos de olhos de fé, um coração convertido, uma escuta alegre da voz de Deus, pedidos de caridade entre nós e com os Pobres e uma alegre esperança de que estamos nas mãos da Providência, que sempre nos levará, com amor e cuidado, em seus braços. Isso nos mostrará novos horizontes, diante dos quais não podemos ser inferiores aos nossos anciãos, tal como nosso missionário Francisco Regis Clet."
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Para o Pe. Marlio Nasayó Liévano, CM, da Província da Colômbia, vivemos um momento ímpar, provocado pela pandemia da Covid-19, em que não podemos nos desvencilhar da partilha fraterna e dos momentos de oração. Além disso, Pe. Marlio lembra da coragem de Francisco Regis Clet, sobre quem publicou uma nota na página da web Corazón de Paul, relacionando a importância da memória do missionário vicentino, Padre da Congregação da Missão, mártir na China, com a época de provações que estamos vivendo, em todo o mundo.

São Francisco Regis Clet foi um missionário com zelo e saúde, no entanto, mesmo com esse vigor, encontrou perseguição e morte: "nem todos os missionários têm a saúde e a energia dele. Seu exemplo deve nos levar a trabalhar na medida em que as forças respondem a nós. Regis Clet também é lembrado no contexto atual como santo protetor dos enfermos infectados com o novo Coronavirus, já que morreu por estrangulamento e asfixia. 

Pe. Marlio cita o que São Vicente de Paulo chamou de "zelo excessivo" que, em alguns casos, faz com que as pessoas se permitam não ter tempo para a mesa ou para a partilha fraterna. O padre afirma que o Senhor nos convida agora para deixar de lado, pelo menos por um tempo, esses 400 anos em que fomos apóstolos no campo, planícies, cidades e montanhas para sermos "cartuxos em casa". Ou seja, para orar mais, aprofundar sua Palavra e refletir mais sobre nossa vocação e missão. 

Hoje, dia da celebração litúrgica de São Francisco Regis Clet, que por sua canonização, em 9 de julho, juntamente com mais 120 mártires, derramou seu sangue por Cristo, pela Igreja e pelos pobres da Igreja, compartilhamos aqui algumas linhas para oração, meditação e reflexão nesta celebração incomum, deste ano. Em livre tradução para o português, compartilhamos aqui algumas reflexões propostas pelo Pe. Marlio Nasayó Liévano, CM:


"1. Nosso irmão entrou na Congregação da Missão. Sim, para a missão, primeiro formando missionários vicentinos e agentes diocesanos em sua terra natal; mas ele teve a audácia e a coragem de receber o novo em um país remoto, a China, em outra raça, cultura, idioma e religião, ele deixou as mãos nas mesas francesas para "sujar" as planícies ardentes da realidade chinesa, tornar-se, como o Papa Francisco disse, um arauto do Evangelho, um “hospital de campo” onde a vontade de Deus o plantou.

2. Quando a pandemia terminar e deixarmos de ser "cartuxos em casa" e voltarmos a ser "apóstolos no campo", deixaremos isso com o zelo de antes ou se quisermos, com renovado vigor missionário seguiremos com um coração mais cheio do Senhor e com a nossa "mochila missionária" que, como a de Clet, carregará a mesma coisa que ele carregava na sua: a Sagrada Escritura, o Breviário, as Regras e Constituições Comuns, o Cristo dos votos, o Rosário; mas nos difere disso. Há novos instrumentos para transmitir o Evangelho: não serão o tinteiro, a caneta e um caderno de 100 folhas, mas as medalhas do milagroso andarilho, o celular, o computador para irradiar a mensagem de Cristo, o evangelizador. qualquer colina, até chegar aos confins do mundo. Parafraseando o Fundador, o desafio é certamente tornar-se "inventivo até o infinito", nas parcelas conhecidas e naquelas que estão prestes a arar e semear.

3. Se pensarmos na evangelização, tanto os missionários do amanhecer quanto os do meio-dia, que com saúde e zelo podem sair para as novas colheitas, não podemos esquecer os missionários mais velhos cansados ??pelo peso do dia e pelo calor ( Mt. 20,13), que agora, com várias limitações estão em nossos lares para idosos. Com eles, devemos ter atitudes de proximidade, carinho e gratidão, porque foram os pilares sobre os quais a Comunidade foi construída e, graças a eles, somos quem somos hoje.

No final de tudo, como missionários somos filhos da Divina Providência, estamos nas mãos dela. Não vamos esquecer que depois de cada tempestade vem a bonança. E que, como escreveu São Vicente de Paulo ao padre Bernardo Codoing, em 16 de março de 1644, "A graça tem seus momentos". Essa pandemia é a graça e a bondade de Deus. Precisamos de olhos de fé, um coração convertido, uma escuta alegre da voz de Deus, pedidos de caridade entre nós e com os Pobres, e uma alegre esperança de que estamos nas mãos da Providência, que sempre nos levarão com amor e cuidado em seus braços. Isso nos mostrará novos horizontes, diante dos quais não podemos ser inferiores aos nossos anciãos, como nosso missionário sênior Regis Clet."

Para visualizar o texto original, clique aqui

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