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Vicentinas mártires da Guerra Civil Espanhola serão beatificadas 11 de Junho de 2021 Informativo Cerimônia será realizada na Diocese de Astorga, no dia 29 de maio
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No próximo sábado, dia 29 de maio, será celebrada a cerimônia de beatificação das vicentinas Maria Pilar Gullón, Octavia Iglesias Blanco e Olga Pérez Monteserin Núñez, enfermeiras voluntárias martirizadas durante a Guerra Civil Espanhola. As três eram vinculadas às Filhas de Maria, associação leiga de caridade pertencente à Família Vicentina, hoje denominada Juventude Mariana Vicentina. O assassinato ocorreu em 1936, após tortura e resistência na afirmação da fé católica, por parte das enfermeiras da JMV.

A Diocése de Astora, na Espanha, postou um vídeo no YouTube, em que o Vigário Geral da Diocese de Astorga e Delegado Episcopal de Liturgia, Piedade Popular e Causa dos Santos, D. José Luis Castro Pérez, divulga detalhes da cerimônia de beatificação e explica o contexto em que as jovens foram martirizadas, além de comentar sobre a atualizade do sofrimento enfrentado pelas três enfermeiras leigas: "no mundo de hoje, as mulheres continuam sendo depreciadas em muitos ambientes, e ainda há muitos cristãos perseguidos por sua fé. Nesse contexto, muita gente simples, ao ver ameaçada sua saúde e sua vida cotidiana, pelos efeitos da pandemia, valora especialmente o trabalho dos profisisonais de saúde e das pessoas voluntárias que ajudam aos necessitados".  

De acordo com o vídeo narrado por D. José Luís, o Papa Francisco já dissera muitas vezes que "a perseguição é o pão cotidiano da Igreja", que rememora e venera seus mártires não somente por sua valentia mas também por sua vida exemplar junto à Igreja. A sociedade reconhece neles, defensores de direitos fundamentais, como a liberdade religiosa e a liberdade de consciência. Como todos os mártires, Maria Pilar, Octavia e Olga foram também testemulhas heróicas do evangelho e se apresentaram ao mundo como exemplo de entrega crente, respeitosa e fraterna.

"Esta é, sem dúvida, a preciosa mensagem que nos transmitirá a beatificação dessas três mulheres leigas, que semearam o amor e praticaram a caridade com todos, sobretudo com os enfermos e os necessitados, bem como transmitiram o calor da presença de Deus, incluído no coração de quem as matou. A bondade das mártires cura as feridas e sara os corações. A existência dessas mulheres faz mais bela e visível a casa do homem, convidando a não repetir um passado obscuro e sangrento, a construir e viver um presente luminoso e fraterno".        

D. José Luis lembra que a história de martírio das três jovens se difundiu e é lembrada pela comunidade católica até hoje, mesmo passados 80 anos. E que a memória dessas mártires não será apagada, pois está viva no coração do povo de Deus, que se recorda de suas vidas com admiração e reconhecimento.     

Em outubro de 1936 Pilar, Octavia e Olga chegaram como voluntárias da Cruz Vermelha ao Hospital do Porto de Somiedo, em Astúrias, linha de frente da Guerra Espanhola. Terminados os dias de serviço, elas quiseram continuar o trabalho, por conta da emergência da situação e pela situação degradante dos doentes. No dia 27 de outubro o hospital em que as jovens atuavam sofreu um ataque. As enfermeiras decidiram permanecer no local para não abandonar os feridos e continuarem prestando assistência, mesmo sabendo que colocariam em risco suas próprias vidas. Os feridos foram fuzilados e os profissionais de saúde foram detidos.

As três enfermeiras foram conduzidas à Póla de Somiedo, junto aos demais prisioneiros e, mesmo vinculadas à Cruz Vermelha, foram entregues ao comitê local de guerra e em seguida aos milicianos que, durante toda a noite, as submeteram a humilhações e abusos, com o objetivo de que renegassem a fé cristã, em troca da obtenção de liberdade. Entretanto, as três jovens suportaram os maus-tratos e torturas com uma fortaleza extraordinária, preparando-se para a morte, com espírito de fé e oração. Ao dia 28 de outubro, foram levadas nuas para um campo e fuziladas, enquanto aclamavam por Cristo Rei, e enterradas em vala comum. Dois anos depois, os restos mortais das três jovens mártires foram recuperados e levados à catedral de Astorga. 

. Assista ao vídeo produzido pela Diocese de Astorga, com detalhes sobre a beatificação:

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