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Viver os Votos com fecundidade, fidelidade e felicidade 14 de Janeiro de 2022 Pe. Eli Chaves, CM
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Na Exortação Apostólica pós-sinodal Vita Consecrata, do Papa João Paulo II, ele afirma que, através da profissão dos conselhos evangélicos, os consagrados são chamados a assumir os traços característicos de Jesus virgem, pobre e obediente: adquirem uma típica e permanente “visibilidade” no meio do mundo (n. 1); é parte integrante da vida da Igreja (n. 3); a sua prática torna o mistério de Cristo perenemente presente na Igreja e no mundo, no tempo e no espaço (n. 5); a sua profissão pública segundo um carisma específico e numa forma estável de vida comum, é um serviço apostólico pluriforme ao Povo de Deus (n. 9); é sinal e profecia para a comunidade dos irmãos e para o mundo (n. 15); é um sinal profético, exige e expressa o dom de si (n. 16); requer e manifesta o desejo explícito de conformação com Cristo (n. 18); é um dom da Trindade (n. 20); pertence indiscutivelmente a vida e a santidade da Igreja (n. 29); é singular e fecundo aprofundamento da consagração batismal (n. 30); ajuda a desenvolver a graça recebida no Sacramento da Confirmação (n. 30); é expressão e fruto de dons espirituais recebidos por fundadores e fundadoras (n. 48); torna a pessoa totalmente livre para a causa do Evangelho (n. 72); leva a pessoa a ir onde Cristo foi e fazer o que Ele fez (n. 75); propõem, por assim dizer, uma “terapia espiritual” para a humanidade, porque recusam a idolatria da criatura e tornam de algum modo visível o Deus vivo (n. 87); enfim, por meio dos conselhos evangélicos, a pessoa é chamada a escolher Cristo como sentido único da sua existência (n. 95).

 

No documento Perfectae Caritatis:

 

• A pobreza voluntária abraçada para seguir a Cristo, do que ela é um sinal hoje muito apreciado, seja diligentemente cultivada pelos religiosos e, se for necessário, exprima-se até sob novas formas. Por ela é participada a pobreza de Cristo, que sendo rico, por nosso amor se fez pobre, para que nós fôssemos ricos da sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9; Mt. 8,20). Pelo que toca, porém, à pobreza religiosa, não basta sujeitar-se aos Superiores no uso dos bens, mas é preciso que os religiosos sejam pobres real e espiritualmente, possuindo os seus tesouros no céu (cf. Mt. 6,20).

 

• A castidade “por amor do reino dos céus” (Mt. 19,12), que os religiosos professam, deve ser tida como exímio dom da graça. Liberta o coração do homem (cf. 1 Cor 7, 32-35), para que mais se acenda na caridade para com Deus e para com todos os homens. É, por isso, sinal dos bens celestes e meio altíssimo pelo qual os religiosos alegremente se dedicam ao serviço de Deus e às obras de apostolado.

 

• A obediência - os religiosos oferecem a plena oblação da própria vontade como sacrifício de si mesmos a Deus, e por ele se unem mais constante e seguramente à vontade divina salvífica. Por isso, a exemplo de Jesus Cristo, que veio para fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4,34; 5,30; Hb 10,7; Sl. 39,9), e “tomando a forma de servo” (Fl 2,7), aprendeu a obedecer por aquilo que padeceu (cf. Hb. 5,8), os religiosos, sob a moção do Espírito Santo, sujeitam-se na fé aos Superiores, vigários de Deus, e por eles são levados a servir todos os seus irmãos em Cristo, da mesma maneira que o próprio Cristo, por causa da sua sujeição ao Pai, serviu os irmãos e deu a sua vida para redenção de muitos (cf. Mt. 20,28; Jo 10, 14-18).

 

O que torna os Votos cheios de sentido evangélico são os valores que neles se encontram e podem construir um horizonte de vida de fidelidade, fecundidade e felicidade, em vista do Reino.

 

Que valores evangélicos mais relevantes os Votos anunciam para o mundo atual? Como, pessoal e comunitariamente, podemos cultivar hoje os valores evangélicos dos Votos, para que sejam verdadeiros sinais do Reino?

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